Envolvidos |
VICENTE WAGNER DIAS CASALI (Coordenador, 16/02/2006 a 31/12/2010), RICARDO HENRIQUE SILVA SANTOS (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), VICENTE WAGNER DIAS CASALI (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), JOÃO CARLOS CARDOSO GALVÃO (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), SUZANA PATRÍCIA LISBÔA (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), MARIA DO CARMO CUPERTINO (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), FERNANDA MARIA COUTINHO DE ANDRADE (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), ANÍSIO GONÇALVES DOS SANTOS (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), MARIA APARECIDA CUPERTINO (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), MARIA GORETE CUPERTINO (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), RENATA RODRIGUES SOLAR (Colaborador(a) Voluntário(a), 16/02/2006 a 31/12/2010), VICENTE WAGNER DIAS CASALI (Coordenador, 03/01/2011 a 31/12/2015), RICARDO HENRIQUE SILVA SANTOS (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), FERNANDO LUIZ FINGER (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), JOAO CARLOS CARDOSO GALVAO (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), SUZANA PATRÍCIA LISBÔA (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), FERNANDA MARIA COUTINHO DE ANDRADE (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), ANISIO GONÇALVES DOS SANTOS (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), ELEN SONIA MARIA DUARTE (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), JULIANA VIEIRA AFONSO (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), MARINEI DE FÁTIMA BATALHA DE LANA (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), FERNANDA (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015), FRANCISCO GLICERIO RIBEIRO (Colaborador(a) Voluntário(a), 03/01/2011 a 31/12/2015) |
AtividadesProjeto |
Justificativas e relevância social. Cuidar dos agrossistemas com homeopatia significa administrar os tratamentos dos solos, das águas, das plantas, dos animais, e da família agrícola, porque fazem parte do organismo vivo Terra (ARRUDA et.al., 2005). A UFV ao trabalhar a homeopatia no meio rural propõe o modelo de geração de tecnologias que se inicia pela capacitação dos (das) agricultores (as) ensinando a ciência da homeopatia. Os (as) agricultores (as) capacitados são estimulados a conduzir experimentações em suas propriedades interagindo criativamente com os recursos locais disponíveis. Este público segundo HOCDÉ (1999) é espontaneamente experimentador, sendo elemento importante na criação de conhecimentos, tecnologias e propostas. A inserção da homeopatia no meio rural tem como fundamento social contribuir com o básico da humanidade a sobrevivência. O absurdo de produzir alimentos usando venenos, de poluir as águas, de esterilizar o solo, não tem sido suficiente na conscientização do ser humano animal. É a hora de se tentar tecnologias limpas que concedam autonomia à família agrícola pois o sistema ?bolsa de valores? e consumista faliu e a sobrevivências está comprometida. Suporte Teórico. Os (as) agricultores (as), em suas experimentações, não seguem a mesma lógica dos pesquisadores. Suas experiências envolvem inovação, comunicação, experimentação, organização, e a visão sistêmica de análise dos resultados (EDWARDS, 1993). Os agricultores analisam com óptica mais real que o pesquisador, seja pelos seus conceitos tradicionais, seja pelo seu convívio diário. Deste modo, torna-se evidente a importância da implementação de metodologias participativas em estudos de casos que envolvam a recuperação, a transição, o equilíbrio e a conservação dos agrossistemas os quais necessitam do acompanhamento integrado da evolução dos processos ao longo do tempo. O monitoramento das unidades familiares de produção com homeopatia por meio sistemático de coleta de dados e avaliação de indicadores de qualidade, dá suporte às observações à campo, favorecendo a geração de processos e procedimentos tecnológicos de modo rápido, simples, barato e acessível à produção agrícola familiar (CASALI, 2005). Tal modelo associa a pesquisa à extensão rural com objetivos sociais. ARRUDA et. al. (2005) resgatou a técnica de elaboração dos nosódios vivos (preparados homeopáticos feitos com o próprio agente causador dos desequilíbrios/danos) proposta por Roberto Costa permitindo autonomia à família agrícola e sustentabilidade ao agrosistema. Por outro lado Lisboa et.al (2005) delineou a nova visão dos organismos vivos, o que inclui os agrosistemas orgânicos, além dos procedimentos da ciência da homeopatia que permitem a busca do equilíbrio entre os componentes da vida da propriedade rural produtora de alimentos com vitalidade. CASALI et. al. (2005) discutiu os modelos de ação da homeopatia nos organismos vivos e em particular no reino vegetal. ANDRADE e CASALI (2004) relataram os efeitos de vários tratamentos homeopáticos no solo tendo em vista a manutenção da vitalidade, o equilíbrio da respiração e o manejo da matéria orgânica incorporada pelos resíduos dos cultivos. A base teórica relatada dá suporte lógico ao modelo de extensão proposto. Interação com o ensino e a pesquisa. A UFV, de modo pioneiro no Brasil, faz o ensino da Ciência da Homeopatia à família agrícola (extensão) e aos universitários (ensino de graduação). Os estudantes de pós-graduação aprendem os avanços da ciência da Homeopatia aplicada à agropecuária cursando a disciplina ?Homeopatia na Agricultura?, além disso, conduzem pesquisas visando as dissertações/teses dentro do tema homeopatia. Os cursos de extensão sobre homeopatia tem significativa receptibilidade por parte dos estudantes de pós-graduação da UFV. O desenvolvimento de experiências pelos agricultores que aprendem homeopatia e a respectiva divulgação faz acontecer a interação ensino-pesquisa no programa. As metodologias participativas possibilitam também a interação entre o ensino e a pesquisa, visto que, tem ocorrido a presença de vários alunos de agronomia/biologia/engenharia agrícola nos cursos de extensão de homeopatia. Metodologia de ação. Este trabalho visa promover o estudo preliminar do ?Manejo de Sistemas Agrícolas com Homeopatia?, vinculado ao Programa de Extensão da UFV: ?Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de Alimentos Orgânicos?, o qual oferece o ?Curso de Homeopatia?, extensão universitária. A atividade de extensão está sendo realizada com os (as) trabalhadores (as) rurais, alunos (as) do referido curso. A) Mobilização dos alunos Nesta etapa instrutores e alunos discutem e elaboram propostas iniciais de execução, monitoramento e avaliação das experimentações no campo. B) Identificação das propriedades agrícolas Por meio de metodologia participativa são selecionadas as propriedades agrícolas denominadas de acordo com a localização. Foram selecionadas: Barra de São Francisco-ES, Paula Cândido-MG, Espera Feliz-MG e Sacramento-MG/Agrotóxico e Sacramento-MG/Agrofloresta. Na identificação/seleção das áreas utiliza-se critérios tais como: Localização, Diversidade de recursos e usos, Participação de agricultores (as) que já estejam realizando experimentações, Disponibilidade da família agrícola em participar das atividades. C) Diagnóstico Por meio de metodologia participativa é realizado o mapeamento e o diagnóstico das unidades agrícolas. O diagnostico não é apenas o momento de identificação dos problemas e potencialidades de cada área, mas também, o momento em que todos os agricultores alunos oferecem sugestões sobre práticas de manejo de base ecológica e recursos homeopáticos, priorizando o enfoque sistêmico e nova visão dos organismos vivos proposta pela homeopatia. A escolha dos recursos da homeopatia mais indicados é participativa, com objetivo de exercitar na prática os conhecimentos adquiridos em aula. Estão sendo priorizados os preparados homeopáticos obtidos com recursos locais da propriedade, sejam de origem animal, vegetal, mineral ou outros, sendo a base dos conteúdos das experimentações os problemas e condições locais. A homeopatia do solo tem sido sugerida à todas as áreas como essencial ao manejo dos sistemas agrícolas com homeopatia. D) Coleta do Solo A partir do mapa da propriedade, são detectados os pontos de interseção (pontos energéticos) da área, os quais são demarcados no campo com estaca. Amostras de solo (aproximadamente 10 gramas) são coletadas em cada ponto identificado, dando origem a amostra composta representativa da área. A amostra composta é a matéria-prima do preparado homeopático do solo, aplicado segundo a lógica de cada agricultor (a) experimentador (a). E) Avaliações no campo Estão sendo enfatizados os critérios de avaliação definidos pelos (as) agricultores (as), adequados à realidade local de acordo com a lógica de cada família agrícola. Foi adotada a metodologia de estudo de caso. Cada propriedade é individual e caso único a ser estudado. Não são impostas limitações de indicações homeopáticas ou de procedimentos, como modo de respeitar as diversidades de condições, fazendo assim valer os três princípios que fundamentam as abordagens participativas: a especificidade local, a flexibilidade e a criatividade. Os observadores dos sistemas agrícolas são considerados unidades de repetição experimental. Os observadores definidos envolvem alguns membros da família rural residentes no local, os quais descrevem as informações captadas periodicamente ao longo do tempo. Apesar dos ensaios serem realizados individualmente (pela família agrícola) são analisados e interpretados em conjunto (com os demais alunos e instrutores) durante espaço reservado nas aulas, quando também novas ações podem ser sugeridas. F) Monitoramento e amostragem A fim de dar suporte às demandas de informações, o desenvolvimento das unidades agrícolas experimentadoras está sendo monitorado por meio da avaliação periódica (intervalo de 2 meses) da qualidade do solo e da água. A amostragem do solo segue o procedimento de Coleta do Solo. As amostras da água são coletadas sempre nos mesmos pontos definidos inicialmente pelos participantes. G) Avaliação em laboratório As amostras de solo e de água são encaminhadas à UFV onde são avaliadas, por meio dos indicadores de qualidade, descritos abaixo: 1) Água a) Condutividade elétrica (CE) b) pH 2) Solo a) Análise química b) Respiração microbiana do solo c) Biomassa microbiana do solo G) Criação do Banco de Dados Os procedimentos adotados em cada propriedade rural e os resultados alcançados, paralelamente aos resultados laboratoriais, são organizados e arquivados no Banco de Dados e ser criado na UFV e a ser disponibilizado aos estudiosos da homeopatia. Comunidade Atendida O objetivo final do projeto é atingir a família agrícola que, por ignorância ou por imposição do sistema, ainda gera alimentos com venenos e deteriora a propriedade rural. O meio de atender essa comunidade passa pelas famílias agrícolas que foram encaminhadas ao estudo da homeopatia como proposta de solução ecológica. Os estudantes universitários decepcionados com o modelo consumista da agricultura são bem recebidos e não discriminados. Considerando as dificuldades de implementação dos cursos de homeopatia além de Minas Gerais e Espírito Santo, o projeto em vista será restrito as comunidades destes dois estados. É possível acontecer a seleção indireta das comunidades atendidas por causa da atuação dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais no projeto. A comunidade atendida diretamente será o instrumento de extensão da homeopatia às famílias agrícolas que ainda não estudaram homeopatia. Impactos Esperados Neste projeto tem-se a expectativa de impactar o procedimento passivo e inconsequente de geração de alimentos com venenos. Serão considerados bem sucedidos os cursos de homeopatia, com alunos provenientes de famílias agrícolas, que além de realizarem experiências, adquirem a capacidade de motivarem e ensinarem os vizinhos das propriedades. Assim o impacto esperado poderá ser multiplicado. Os indicadores do impacto serão: o abandono dos agrotóxicos, a adoção da homeopatia, a aceitação dos procedimentos agroecológicos de vida, a autonomia da família agrícola e sustentabilidade das propriedades rurais. Vinculação do Projeto ao Programa O programa de extensão tem o foco resgatar a homeopatia como recurso tecnológico das comunidades rurais visando o bem estar social e produção saudável de alimentos pela família. O presente projeto insere no programa as metodologias participativas a serem praticadas pelos próprios alunos-agricultores dos cursos de homeopatia. A experiência realizada pelos próprios agricultores, partilhada durante o projeto, visa provocar saltos nos programas, possibilitando motivação à família agrícola participante e as famílias que serão atingidas indiretamente. Cronograma das ações 1 Organização dos cursos de homeopatia 1º mês. 2 Mobilização dos alunos visando as experiências de campo 2º mês. 3 Identificação das propriedades rurais 3º mês. 4 Diagnóstico participativo 3º mês 5 Implementação dos tratamentos 4º e 5º mês 6 Avaliações e acompanhamentos 6º ao 8º mês 7 Monitoramento e amostragem 6º ao 8º mês 8 Análises de laboratório 6º ao 8º mês 9 Geração do Banco de Dados 6º ao 9º mês 10 Promoção de Seminário com partilha do conhecimento 10º mês 11 Produção gráfica do texto contendo as experiências partilhadas 11 mês 12 Avaliação do Projeto 12º mês |